Nenhuma surpresa: depois de Barraco Obama ter citado Pal Coelo em seu discurso para jecas no Theatro Municipal carioca, era lógico que o maior escritor representativo da geração X – de certa forma, a mesma que colocou Obamis no poder – tinha de ter um gostinho pelos self help books.
Mas política não tem nada a ver com isso, é claro. Com o lançamento de The Pale King, seu romance póstumo e inacabado, David Foster Wallace voltou a ter artigos, panegíricos e eulogias em sua homenagem. Bem, ele também tinha isso em vida – mas parece que não adiantou muito.
Em todo caso, leiam este ensaio magnífico e detalhado sobre a biblioteca particular de DFW, o homem que, dizem, mudou a literatura contemporânea norte-americana e lia M.Scott Peck. Uma verdadeira piada sem fim.
Não compreendi o preâmbulo do texto, que me parece indigno de tudo o que eu li até agora escrito pelo Sr. Martim Vasques da Cunha: (1) por que deturpar o prenome do Sr. Obama, chamando-o de “Barraco”? (2) por que criticar a pronúncia que ele deu ao nome “Paulo Coelho”? Por acaso ele tinha obrigação de saber pronunciar, por exemplo, o fonema inexistente em seu idioma e representado pelo dígrafo “lh”?; (3) por que chamar de “jecas” a plateia que estava no Teatro Municipal ouvindo o Sr. Obama? Por acaso haveria outra plateia no Brasil menos jeca? (4) Se os passeios e o discurso proferido pelo Sr. Obama tivessem sido feitos na cidade habitada pelo Sr. Martim Vasques da Cunha, teria sido o Sr. Obama relevado em suas falhas pelo Sr. Martim Vasques da Cunha? Desculpe-me, Sr. Martim Vasques da Cunha, mas esse foi o trecho mais jeca que o Sr. já escreveu neste blog e parece coisa de adolescente despeitado. É indigno de seu porte intelectual. Tomo a liberdade de sugerir que o Sr. volte a ler os textos de São Tomás de Aquino sobre a inveja.