Pois bem, pois bem! Como diriam os patrícios da terra lusitana, a Dicta&Contradicta, em seu Especial para o no. 2, resolveu dar aos seus leitores um presente de final de ano, algo que nem a Folha de São Paulo imaginou fazer: uma longa e cuidadosa conversa com João Pereira Coutinho, dividida em seis partes.
Quem é o gajo?, perguntará. Bem, além de ser colunista da Folha (diga-se de passagem, o melhor colunista do jornal), João Pereira é “uma alma pura” (palavras do próprio na abertura infame desta entrevista), um conversador de primeira, um performer artist, um excelente professor, um humorista impagável, um grande conferencista, um escritor de primeiro time (querem provas? Leiam seu Avenida Paulista, a ser publicado no ano que vem no Brasil, além do seu blog, onde encontra-se a maioria de seus textos) e um variado etecétera que prova que o homem (ou o gajo, como quiserem) é realmente polivalente. E, sobretudo, valente.
O leitor-espectador perceberá exatamente essa qualidade na conversa abaixo. João Pereira Coutinho não tem medo de dizer o que pensa. Eis sua valentia. Você pode discordar do que ele fala ou escreve, mas não pode negar que escutou algo idiossincrático, que ninguém mais poderia dizer exceto aquele sujeito.
Na primeira parte da conversação – feita durante a sua estadia em São Paulo devido ao curso que ele ministrou no Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS) -, veremos um João que não hesita em tirar sarro de si mesmo e do próximo. Esta capacidade de não se levar a sério, mas levar a sério o que faz é um dos choques que o leitor deve ter ao ler uma de suas crônicas na Folha. E também causa reações inesperadas – como, por exemplo, a risada histérica do entrevistador que fez as perguntas mais débeis para alguém com a humilde paciência de respondê-las como se fossem as mais sábias.
Pingback: Cursos Online » Blog Archive » Entrevista exclusiva com João Pereira Coutinho - Parte 1
Ué… como acesso a entrevista?
Abraços,
Wagner
Presentão! Não é interessante que um dos melhores articulistas “brasileiros” seja logo um… português?! Eita terra papagalis!!
Excelente. Desde a série sobre Bruno Tolentino é a melhor novidade do site.
1. A lista de colaboradores da revista disponível no site está desatualizada.
2. Meu RSS feed do blog só mostra posts de um mês atrás, não sei se outros leitores têm o mesmo problema.
3. Queria, se for possível, o email do Érico Nogueira. Podem mandar para meu email?
Genial!!
Eu sou apenas um jovem de 19, que por acaso estuda na mesma escola que o senhor João Pereira Coutinho estudou,ou seja, na escola João Gonçalves Zarco. E devo confessar que sou um grande admirador das suas capacidades intelectuais.
Quem o entrevistou?
“Existem dois medos fundamentais da condição humana: um é o medo da loucura outro, é o medo da morte”
“O sono é o simulacro da morte”
“Você não pode programar a vida…”,
etc, etc, parei mais ou menos por aí.
Genial, esse Pereira Coutinho, um poço de pensamentos profundos. E uma genial colecção de trejeitos corporais… O melhor cronista da Folha, dizem vocês? Eu aposto que a Gazeta de Piratininga do Maracujá tem melhor.
Bom, eu acho essa entrevista do João Pereira Coutinho simplesmente brilhante. O seu humor, o seu wit, a sua sabedoria, o seu nonchalange, enfim… Aliás, outra coisa não seria de esperar. Parabéns. E de facto, a Folha raramente teve um cronista assim. Ficamos todos mais ricos.
Pingback: Dicas | Jane Austen em português
Estranho que um cérebro tão extraordinário escreva só para um jornal brasileiro!! Ele deveria distribuir melhor a sua sapiência, não só para nós brasileiros. O mundo todo deveria ter o privilégio de compartilhar de suas idéias, sua vasta cultura, de sua personalidade fora do comum! Quem diria que um ser tão maravilhoso se sacrificasse a ponto de nos dar exclusividade! Mas, como ele é o “melhor” articulista que a Folha pôde conseguir, agradeceremos eternamente por sua gentileza!!!