Em 1809, morreu Joseph Haydn, sem dúvida um dos maiores compositores que já existiram. Aqui, um breve ensaio em sua homenagem e uma resenha das principais gravações de suas obras.
Em 1809, morreu Joseph Haydn, sem dúvida um dos maiores compositores que já existiram. Aqui, um breve ensaio em sua homenagem e uma resenha das principais gravações de suas obras.
Michael, irmão de Joseph, também foi um compositor inspiradíssimo.
Anotação breve deste fã inconsolável. a) Das “sete últimas palavras de Cristo na cruz”, versão cravo, há uma bela gravação de Rosana Lanzelote disponível no selo Paulus; b) link abaixo para verbete sobre o Aeolian String Quartet, antigão que gravou com muita competência a integral dos quartetos de cordas; o das 7 últimas palavras (que prefiro com as cordas) nessa imperdível gravação do Aeolian traz os movimentos intercalados por poemas bem escolhidos. c) Não li ainda o ensaio linkado pelo JP, mas provavelmente explicam que os quartetos são essenciais; além de muitos estarem na altura dos melhores de Mozart ou Beethoven, JH é fundamental na consolidação do gênero e a seqüência ajuda a experimentar a emergência da forma-sonata. É um enorme prazer ouvi-los. d) Os germanófilos lembrarão de um que inclui movimento sobre o tema que hoje conhecemos no hino alemão, “Deutschland über alles” etc, na verdade feito (como operou Haydn no tal movimento) em cima de melodia popular austríaca. e) Os melhores que me corrijam. http://en.wikipedia.org/wiki/Aeolian_Quartet
1) Ótimo, o ensaio linkado e muito bem escrito, com referências discográficas. Não sabia que há essa caixa da “Brilliant” (a de Bach, reparos de melômano obcecado aqui e ali, vale cada centavo). O bom humor haydniano, bem do seu tempo, merece o devido destaque. Vou permitir-me aqui referir em particular a) a deliciosa Missa Sancti Nicolai, incluída na série gravada completa das missas, discos “London” com Simon Preston, neste caso com o coro cheio de vozes infantis da Christ Church Cathedral de Oxford. Discordo aliás do Carpeaux nesse ponto; entendo que Haydn trata, sim, respeitosa e liturgicamente o seu material (aqui e ali mais que Mozart, quem sabe; Requiem hors concours). À maneira italianada que era fashion na época; o próprio Otto observa; b) qualquer gravação de sonatas com Sviatoslav Richter, que lhes restitui uma profundidade elegante no piano. De novo, muito devota e aristocraticamente século XVIII. 2) Do Michael daquele tempo sei quase nada, mas esse quase inclui a gravação de seu concerto para flauta em ré maior, por exemplo, com o excelente Emmanuel Pahud; parte do repertório mais difundido lá no hemisfério norte e fácil de encontrar. 3) Deve ter muita coisa na web, mas hoje é um sábado ensolarado e por causa do link estou ouvindo a Missa de São Nicolau. Laus Deo.