Respeitar as diferenças culturais acima de tudo ou condenar práticas que violem a dignidade humana? Quem botamos em primeiro lugar: a cultura ou a pessoa?
Não é preciso ser um reacionário fundamentalista para ver que esse dilema se coloca seriamente para uma sociedade que tenta, ao mesmo tempo, sustentar a bandeira do relativismo cultural (para não “impor valores” sobre os outros) e dos direitos das mulheres. Susan Jacoby é atéia e liberal (no sentido americano) e coloca o dedo na ferida.
Em primeiro lugar sempre deve e deveria estar a pessoa. Se a cultura a afronta, é um cultura doentia e que precisa mudar.
Parece tacanho, parece simples, mas eu sei que não é. Se as pessoas com sua dignidade, não vierem primeiro, não há nada mais que valha a pena preservar, muito menos uma cultura doentia.