Nemesis

Precisamos desesperadamente de alguém que bote um fim à hubris tarantinesca! E James Bowman é um bom candidato à posição…

Não deixa pedra sobre pedra do “Inglorious Bastards”. Uma crítica que vem bem a calhar nesses tempos em que, como ele bem nota, o cinema tem sido consistentemente rebaixado à seriedade e profundidade dos quadrinhos.

4 comentários em “Nemesis

  1. Joel, há muita coisa boa em quadrinhos e um que li recentemente é simplesmente fantástico: Superman – Pelo Amanhã, com roteiro do Brian Azzarello e arte do Jim Lee. Um abraço!

  2. Achei o texto muito fraco. O autor apenas observa (corretamente) que o filme não tem nenhuma pretensão em descrever a verdade, mas apenas em ser uma diversão boba. Sim, é verdade, mas qual o problema nisso? Certamente não é razoável esperar que todos os filmes sejam sérios e profundos. Que filmes de diversão sejam mais populares que filmes profundos também não é nenhuma surpresa. A Dicta e demais empreendimentos “highbrows” sempre serão para poucos – e isso não é bom nem ruim; é como as coisas são.

    Admito que o texto tem um bom argumento: o de que a crítica contemporânea comete o erro de se restringir a um formalismo. Observo apenas que a tendência não é nova (vide o Fedro de Platão) e que em si não é a maior tragédia do mundo. O que diferencia a obra de arte de uma obra filosófica, afinal, é que na primeira o aspecto formal é essencial. Se um filme é bom nesse aspecto, bem, isso já é uma vantagem.

    O resto, no entanto, piora. O texto não tem como público-alvo “schoolchidren”. Talvez, adolescentes, mas não fica bem com começar uma análise equivalendo garotos de 8 e 18 anos. Dizer que o filme comete uma falsificação histórica é um fato, mas imagino que ninguém minimamente inteligente vá formar sua concepcão da II Guerra a partir de um filme de Quentin Tarantino. Como – espero – ninguém acredita que existem artes marciais ocultas chinesas que ensinam a matar com cinco “cutucadas” bem dadas.

    É uma diversão boba, mas, enfim, ao menos é realmente divertido (acredito, pois não assisti). Não se pode dizer o mesmo quanto a, sei lá, uns 80% dos filmes de arte que apenas dão voltas no umbigo do autor.

    (ok, nesse último parágrafo eu provavelmente exagerei. Mas não consigo terminar sem um “bang”. :) – ah, o eterno problema de colocar a carinha rindo perto de parênteses…).

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