“- History, Stephen said, is a nightmare which I´m trying to awake.
– The ways of the creator are not our ways, Mr. Deasy said. All human history moves towards one great goal, the manifestation of God.
– That is God.
– What?, Mr. Deasy asked.
– A shout in the street, Stephen answered, shrugging his shoulders”.
Ulysses (1922)
James Joyce era um obcecado por datas, comemorações e coincidências. Todo ano ele perguntava a si mesmo, a cada 16 de junho que passava: “Será que alguém se lembrará desta data?”. Ao que parece, vão se lembrar desta data pelo próximos trezentos anos, os mesmos trezentos anos que ele gostaria que durassem todos os enigmas de “Ulisses” e “Finnegans Wake”, suas obras máximas.
Mas o que acontece no dia 16 de junho para que James Joyce seja lembrado sempre? Bem, muitas coisas acontecem nesse dia, entre elas o “Bloomsday”, o dia em que se passa a história de Leopold Bloom, Stephen Dedalus e Molly Bloom, os personagens principais do livro que foi criado para destruir todos os livros, o livro que todos querem ler, mas não conseguem, o livro impossível de ser compreendido – “Ulisses”.
Claro que havia um motivo pessoal para Joyce fazer isso. Por baixo da arquitetura detalhista, do rigor quase maníaco, do virtuosismo estilístico, da ambição do projeto, “Ulisses” é, na verdade, uma carta de amor à sua esposa, Nora Barnacle. Como um bom irlandês, temperou seu amor com um pouco de traição, um pouco de sanduíche de mortadela, muita cerveja cremosa e, principalmente, muita audácia pela única coisa que dava sentido à trajetória tumultuada de Joyce: a literatura.
Na mitologia joyciana, o dia 16 de junho de 1904 é o dia em que Nora Barnacle, a mulher que iria acompanhar Joyce pelo resto de sua vida, fez do jovem James Augustine Joyce, de 22 anos, “um homem de verdade”, segundo o próprio em suas cartas intensamente melodramáticas, algo estranho para um sujeito que tinha o poder de imitar qualquer estilo literário na língua inglesa e possuia uma visão de mundo bem grotesca e bem ao gosto dos irlandeses, carregada de humor esdruxúlo e de um profundo carinho pelo ser humano. Mas ser melodramático também fazia da personalidade complicada de Joyce, quase no limite da esquizofrenia e que conseguiu ficar una graças à palavra que o guiava nos subterrâneos da mente que tentava captar em seus livros. Melodrama é também um bom termo para classificar o romance entre Joyce e Nora, repleto de lances imaginários de adultério entre ninfetas e amigos, um romance em que, apesar de Nora não entender uma linha dos livros do marido, o obrigava a escrever todo o dia, principalmente quando Joyce estava encharcado de vinho Chianti e era encontrado bêbado nas ruas de Trieste ou Paris, nas portas de bares e bistrôs.
Logo, o dia 16 de junho de 1904 tinha um sentido especial para Joyce e, ao escrever o seu grande romance sobre “a totalidade da vida”, inspirado na “Odisséia” de Homero, nada mais natural situar seus três personagens em busca de uma razão para viver, senão no dia em que seu criador encontrou a sua razão para viver. Em “Ulisses”, um dia é comprimido em mil páginas de monólogos interiores, blasfêmias, momentos sublimes, piadas infames, reflexões sobre a morte, bêbados, poetas, jornalistas, prostitutas diabólicas, ateus santos, passado, presente e futuro se tornando uma grande síntese na mente de um escritor que conseguiu reconstituir sua cidade natal – Dublin – com tamanha exatidão, que ela poderia ser reconstituída graças aos seus livros, caso fosse queimada num incêndio.
Mas, antes de “Ulisses”, existiram outros livros, outros personagens e um outro James Joyce. Nascido em 2 de fevereiro de 1882, no dia da Marmota, filho do fanfarrão e amargurado Jonh Joyce e da devota e doce May Murray, Joyce sempre foi o garoto-prodígio, estudioso, lido em literatura européia, formado na rigorosa escola jesuíta de Clongowes Wood College, onde era obrigado a saber Aristóteles e Santo Tomás de Aquino de trás para frente e de frente para trás (o que de fato ele sabia), além de orar constantemente por Cristo e a Virgem Maria, uma formação que, mesmo depois de seu rompimento com a Igreja, sempre deixou marcas na suas obras, mesmo nas paródias mais agressivas.
Muitos acusam Joyce de ser um “herege” por causa de sua recusa de viver de acordo com os preceitos da Igreja Católica na qual foi educado, além das hilárias blasfêmias que pôs em “Retrato do Artista Quando Jovem”, “Ulisses” e “Finnegans Wake”. Quem o chama assim, perdeu qualquer gosto pela vida. Sua aparente heresia era, na verdade, um soco na cara das instituições, mas Joyce nunca deixou de acreditar no poder do Espírito, na força transcendente do ser humano e, mais importante, na existência de um Deus que unisse os homens na existência. Era um sujeito que, apesar da “incrível tendência ao alcoolismo, rabugice e auto-comiseração” (como ele se descreveu numa consulta a Jung), odiava qualquer tipo de violência, tinha um medo terrível de cachorros e trovões e podia ser, ao mesmo tempo, um notório misantropo e um fabuloso caridoso, como se comprova quando, por exemplo, Samuel Beckett foi esfaqueado pelas costas em Paris, na época em que abandonou sua filha Lucia no meio de um relacionamento amoroso, e Joyce pagou as despesas do hospital, mesmo à beira da falência.
A heresia de Joyce foi a única forma de rebelião possível numa Irlanda aprisionada culturalmente e politicamente pela bota inglesa. Apesar de ter um Yeats, um Bernard Shaw, um Jonathan Swift, um J.M.Synge, a Irlanda era, nos anos 10 e 20, pior do que qualquer cidade do interior do Brasil. Ela era, como o próprio Joyce escreveu em um de seus artigos juvenis para um jornal dublinense, “a porca que come os filhos sem dar nenhum aviso”. Somente depois do reconhecimento de Joyce com “Ulisses” e a reviravolta que Yeats fez com sua obra poética, depois do encontro com Ezra Pound, foi que a Irlanda começou a ser vista com outros olhos. Até então, ela era um país traumatizado pela traição de Charles Parnell, as guerrilhas de Michael Collins e um tal de Renascimento Cultural Irlandês que nunca interessou às ambições do jovem Joyce. Para ele, a literatura deveria ser algo tratado com seriedade, como uma missão, como a única arma em que, dentro de suas limitações, poderia “forjar a consciência incriada da minha raça”.
Entretanto, para James Joyce criar a sua própria Irlanda, ele teria que entrar no reino do exílio. Um irlandês não é um irlandês se não vive em constante exílio – uma máxima que todo ser humano deveria memorizar como um lema moral. É aqui que James Joyce, o arrogante imberbe, se transforma em James Joyce, o escritor de livros complicados que ninguém lê. Esta é uma das lendas mais fajutas da história. Joyce não é um escritor hermético, se o leitor encarar seus livros como uma aventura – exaustiva, complicada, cheia de obstáculos – em que o final demora muito para se chegar, mas é frutífero como poucos. Como qualquer escritor que se preze, Joyce conta uma história, e muito bem por sinal, e a prova está no conto “The Dead” e no seu primeiro romance, “Retrato do Artista Quando Jovem”.
“The Dead” (Os Mortos) é, na humilde opinião deste articulista, o maior conto do século XX, talvez em competição apenas com “As Irmãs Vane”, de Vladimir Nabokov. Apesar do título, não é um conto mórbido ou de terror, mas uma meditação sobre como os mortos interagem no mundo dos vivos, um dos temas que mais preocuparam Joyce na sua vida. Última história de uma coletânea chamada “Dublinenses”, em que Joyce tinha a intenção de fazer um “painel moral de Dublin, mostrando a paralisia da Irlanda”, “The Dead” é o estalo de Vieira na carreira do escritor e fundamental para compreender as obras seguintes. Os outros contos no livro são bons ou excelentes, mas nenhum consegue atingir a genialidade desta parábola em que Gabriel Conroy tem consciência de sua mortalidade ao descobrir que sua esposa, Gretta, teve uma paixão trágica com um homem já morto e que morreu por causa dela, Michael Furey.
O estalo de Vieira aconteceu porque Joyce viveu um daqueles fatos que sempre aconteciam com “homens de gênio”: as coincidências. Um dia, quando foi visitar os pais de Nora em Galway, Joyce descobriu que ela tivera um caso com um moço chamado Michael Fiery. Obcecado com o tema da traição (lembrem-se que ele era um irlandês ao extremo…), Joyce disse a desaforos a Nora bem no meio de uma visita em um cemitério e ficou perambulando pelos túmulos, até que viu algo insólito: a tumba de Michael Fiery e, ao lado, uma outra tumba, em que se podia ler… James Joyce. Obviamente era um homônomo, mas o fato chocou Joyce de tal forma que ele teve de purgar seus sentimentos em relação à traição de Nora com um morto, justamente com “The Dead”.
Além de “Dublinenses”, Joyce brincou de poeta em “Chamber Music”, imitou Ibsen (um de seus ídolos) na peça “Exiles” e ficou escrevendo um romance monumental chamado “Stephen Hero”, que seria sobre seu alter-ego, um jovem arrogante, metido a poeta e escritor e que dizia umas boutades chamado Stephen Dedalus. Apesar de ter reescrito completamente o seu projeto, transformando-o em “Retrato do Artista Quando Jovem”, “Stephen Hero” foi importante porque ele explicita as intenções estéticas de Joyce: tornar o mito numa paródia respeitosa e respeitável, mantendo sua natureza e sua unidade, mas desdobrando-o em técnicas literárias modernas, como o fluxo de consciência e a variação nos pontos-de-vista, e inserindo em ambos uma síntese arriscada de realismo e simbolismo, síntese em que Edmund Wilson descobriria o ponto de ligação de Joyce com modernistas como Eliot, Proust e Yeats.
“Retrato do Artista Quando Jovem” mostra Joyce descobrindo os seus poderes literários, como a de iniciar o livro do ponto-de-vista de uma criança, captando os meandros da formação de uma consciência enquanto o estilo fica cada vez mais simbólico, denso e profundo. É o romance-de-formação de Stephen Dedalus, o construtor de labirintos com as palavras que lhe deram, o escritor que foge para Paris da mesma forma que Joyce fez quando jovem, voltando para ver sua mãe morrer de câncer, encontrando Nora Barnacle em Dublin, para então se decidir de vez pelo exílio definitivo, pela pobreza esperada e pela literatura da eternidade, a única literatura que vale a pena neste mundo corrompido. Dedalus foge por uns tempos de Dublin, depois de muitas agruras psicológicas e religiosas, aliviadas por uma visão quase santa de uma menina à beira da praia, a mesma praia onde Leopold Bloom encontrará Gerty McDowell na memorável epifania em Sandycove que acontece no dia 16 de junho de 1904.
“Epifania” é a palavra-chave para se entender a obra de James Joyce. Ele havia descoberto “essas estranhas manifestações de divindade no cotidiano” durante a juventude, e escrevera uma série de anotações que guardou pelo restante dos anos. Reelaborando-as com suas próprias memórias e as da sua família – num método muito parecido com o de Marcel Proust -, Joyce criava a trama de seus romances em cima dessas epifanias, quase todas inspiradas num afiado simbolismo religioso.
“Ulisses” não foge da regra. Na verdade, é uma continuação de “Retrato do Artista Quando Jovem”, em que Stephen Dedalus volta para Dublin para assisitir a morte da mãe e, num único dia, se depara com Leopold Bloom, judeu cornudo que passa por uma crise existencial, graças à traição de sua esposa, Molly Bloom, com o garanhão Blazes Boylan.
Mas o leitor não deve ficar afoito: esta não é a verdadeira história de “Ulisses”. A verdadeira história que Joyce quer contar, é a de três pessoas – o Ulisses, a Penélope e o Telêmaco da era moderna – que estão em busca de um sentido para suas vidas, querendo encontrar aquilo que Joyce chamou ter “a totalidade do indivíduo”. Numa linguagem jungiana, “Ulisses” fala sobre o processo de individuação destas três pessoas enquanto suas consciências refletem um mundo fragmentado, dualista, mas que, misteriosamente, se conecta numa estranha unidade.
Como Joyce consegue unir esses fragmentos que escoram contra todas as ruínas? Um dos grandes mistérios do mundo europeu é saber porque Joyce e Jung, que tinham tantas coisas em comum em suas respectivas obras, nunca se entenderam. Ambos eram preocupados com o modo como a mente humana se desenvolvia, como ela chegava a uma certa unidade de pensamento e, principalmente, como ela determinava a personalidade de um indivíduo em frente ao “grito na rua” que seria Deus. Dizem que Jung havia sabotado a pensão que uma milionária estava dando a Joyce, sempre apertado em problemas financeiros, falando para ela que “este irlandês não passava de um vagabundo bêbado”. Quando a filha de Joyce, Lucia, estava com claros sintomas de esquizofrenia, Jung foi o primeiro a analisá-la e logo despachou um diagnóstico, afirmando que “tanto o pai como a filha estão no mesmo oceano: só que ele está nadando e ela está afundando”. Além disso, Jung escreveu um ensaio sobre “Ulisses” repleto de incompreensões e que não conseguiu captar um tema que obececava os dois: a sincronicidade.
Joyce era um fanático por coincidências. Ele já havia recheado de paralelismos e simetrias os contos de “Dublinenses”, jogado com referências sutis de tempo e espaço na mente do pequeno Stephen Dedalus em “Retrato do Artista Quando Jovem” e agora, com “Ulisses”, estava decidido a fazer um compêndio de sincronicidades, fênomeno de acontecimentos que se relacionam sem nenhuma causa aparente, mas que possuem uma íntima e evidente ligação. Assim, ao mesmo tempo que Stephen pensa em como deveria ser o rosto de Shakespeare, Leopold Bloom vê o rosto do bardo no seu amigo Martin Cunningham, enquanto Molly Bloom lembra de uma frase de “Romeu e Julieta” e Buck Mulligan reflete sobre a teoria de Stephen em que “Hamlet é o pai e o filho de Shakespeare”.
As técnicas que Joyce usou para construir sua catedral, em que cada parte tem uma função específica, captam a consciência dos personagens em monólogos interiores que, muitas vezes, abandonam a pontuação, como acontece no final, quando Molly Bloom tem um monólogo patético de mais quarenta páginas, a homenagem paródica de Joyce a seu xará, Sigmund Freud (ambos os sobrenomes tem o mesmo significado nas línguas de cada um: “alegria”). No meio desse aparente caos, existe espaço para uma investigação amorosa do ser humano se deparando com seus limites, medos e ansiedades, e tentando vencê-las dentro de suas possibilidades dublinenses.
“Silêncio, exílio e astúcia” – este era o mote de vida de Stephen para a sua vida de escritor, e Joyce usou-o como um lema de guerra. Durante sete anos de árdua perseverança, “Ulisses” foi escrito e reescrito em mais de três países – Trieste, Zurique e Paris -, sob o fantasma da Primeira Guerra, e Joyce estenderia esse prazo para dezesseis anos ao escrever o seu último livro, “Finnegans Wake”. A astúcia de Joyce foi a de criar tantos enigmas que, além de deixar os críticos ocupados pelos próximos trezentos anos, lançou os leitores a uma aventura que poucos ousam enfrentar – a aventura da linguagem em que, depois de ter captado o que acontece com o ser humano à luz do dia, agora deveria perscrutar o que deveria no breu da noite. Se “Ulisses” era um labirinto onde havia poucas saídas, “Finnegans Wake” seria o labirinto que Dedálo adoraria criar, pois a saída seria a entrada e a entrada seria uma saída, e assim por diante, até desembocar no eterno – na verdade, um eufemismo para um labirinto mais complicado, onde o leitor e o escritor são tragados juntos e sem aviso.
Joyce afirmava que o leitor ideal para seu livros seria aquele que tinha a insônia ideal. Esta cumplicidade – que só pode ser alcançada no exílio da literatura – é fundamental para entender porque Joyce não é um mero fóssil. Uma das razões pelas quais “Ulisses” e “Finnegans Wake” são evitados pelo everyman é que os acadêmicos e os professores de literatura fizeram questão de complicá-los ainda mais, com análises que não chegaram a lugar nenhuma e deram a mesma impressão à obra de um homem que queria chegar em algum lugar. Como Joyce ainda é lembrado nos seus Bloomdays, conclui-se que existem neste mundo vários leitores que perderam, com prazer, muitas noites de sono. E “Finnegans Wake” é o registro do sonho que acontece nessas noites.
O velório ou despertar de Finnegans pode ser a história de Humphrey Earwicker, a história do general Finn McCool, a história de Anna Livia Plurabelle, a história dos irmãos Sham e Shem – ou então todas essas histórias contadas numa enxurrada de trocadilhos que, de tão complicados, criaram uma nova língua que só o seu criador poderia traduzir a contento. A história do Mundo agora é uma piada noturna, e a realidade não passa de uma grandiloqüente alucinação. Joyce expande os limites da palavra e da linguagem ao máximo: se em “Ulisses” ele implodia a estrutura tradicional do romance, em “Finnegans” ele explode de vez, para tudo voltar ao começo, como se a literatura precisasse desta ressurreição para recuperar seus princípios.
“Finnegans Wake” podia ser um livro incompreensível para muitos, mas foi, na verdade, o testamento de um homem que terminou sua vida com o espírito cansado, talvez pela doença degenerativa que atingira sua filha Lucia, talvez pela aproximação da Segunda Guerra Mundial, talvez pela cegueira progressiva que atacava seus olhos. Contudo, nunca se abateu. Sua obra é marcada pela perseverança, pela vontade de deixar uma marca neste mundo depois de sua partida – algo que todo o escritor deveria aprender. Se existisse um patrono para a literatura impossível, deveria ser São James Joyce. Tudo bem, que muitos se irritariam ao ouvir isso e o próprio Joyce se reviraria na tumba em Zurique, mas hoje quando um leitor perspicaz lê os romances de Philip Roth, Thomas Pynchon, Don De Lillo, William Gaddis, Ian McEwan, ou o brasileiro Guimarães Rosa, o argentino Julio Cortázar, o colombiano Gabriel Garcia Márquez e o português Antonio Lobo Antunes, todos têm o dedinho do Dédalo de Dublin. Joyce é uma influência tão sufocante e libertadora, que quem quer fazer literatura de verdade deveria lê-lo, só para saber como se explodem e constroem as palavras com habilidade de artesão. Na aventura da linguagem, a morte é apenas o coroamento para a definitiva construção destes labirintos que contam nossas vidas – e só James Joyce poderia nos dar essa lição.
Por mais bem intencionados que sejam, estudos e teses teóricas sobre esses livros loucos e poéticos acabam por deixá-los caretas e quadrados.
Esses ensaios poéticos sobre literatura são maravilhosos.
“… uma visão quase santa de uma menina à beira da praia…” E’ a cena final do filme A Doce Vida, de Fellini.