Vom Balakobako sem dúvida, mesmo que em tantas obras da belle époque (basta lembrar de “Salomé”) ele me pareça over the top, pour épater la bourgeiosie. Eram os tempos, OK, mas basta comparar com os contemporâneos Débussy e Mahler para perceber que havia outras maneiras de brincar com os limites do tonalismo e explorar temáticas ousadas. Mas todos esses espantos já ficaram amortecidos. Um jeito bacana de ouvir Strauss jovem e depois maduro é pelos dois concertos para trompa. Maravilha. Samples aqui: http://www.amazon.com/Richard-Strauss-Concertos-Benjamin-Serenade/dp/B000005GME. Meu alemão não dá para o gasto, mas concordo com o amigo germanófono do Paul Johnson. O libreto de Rosenkavalier, do grande Hugo von Hoffmansthal, sustenta-se inclusive como leitura seca. Austríaco, mentor do festival de Salzburgo, católico, HH era o sujeito certo para temperar ou estimular os excessos bávaros do RS. Zweig também foi libretista – acho que Die Scheigsame Frau (corrijam-me se errar) é que estreou já com os nazistas no poder e logo em seguida saiu de cartaz, porque, bom, porque Zweig era judeu. Ele próprio lembra a história no excelente livro de memórias Die Welt von Gestern. Strauss o defendeu, como é sabido. “Capriccio”, dos anos 40, é assombrosamente inteligente; se eu tivesse mais tempo gostaria de voltar a essa genial ópera sobre ópera, que abre com um quarteto de cordas. Quem for mais de ópera que me corrija de novo, mas acho que não está no repertório feijão com arroz. Sobre as canções, belíssimas, ninguém discordará do PJ. Um ponto a mais a favor do Strauss: ele deu uma força muito necessária ao Elgar, tendo (superstar que era) puxado aplausos na estréia do grande oratório do amigo, em cima de versos de Newman, “The Dream of Gerontius”.
Strauss ist vom Balakobako!
Vom Balakobako sem dúvida, mesmo que em tantas obras da belle époque (basta lembrar de “Salomé”) ele me pareça over the top, pour épater la bourgeiosie. Eram os tempos, OK, mas basta comparar com os contemporâneos Débussy e Mahler para perceber que havia outras maneiras de brincar com os limites do tonalismo e explorar temáticas ousadas. Mas todos esses espantos já ficaram amortecidos. Um jeito bacana de ouvir Strauss jovem e depois maduro é pelos dois concertos para trompa. Maravilha. Samples aqui: http://www.amazon.com/Richard-Strauss-Concertos-Benjamin-Serenade/dp/B000005GME. Meu alemão não dá para o gasto, mas concordo com o amigo germanófono do Paul Johnson. O libreto de Rosenkavalier, do grande Hugo von Hoffmansthal, sustenta-se inclusive como leitura seca. Austríaco, mentor do festival de Salzburgo, católico, HH era o sujeito certo para temperar ou estimular os excessos bávaros do RS. Zweig também foi libretista – acho que Die Scheigsame Frau (corrijam-me se errar) é que estreou já com os nazistas no poder e logo em seguida saiu de cartaz, porque, bom, porque Zweig era judeu. Ele próprio lembra a história no excelente livro de memórias Die Welt von Gestern. Strauss o defendeu, como é sabido. “Capriccio”, dos anos 40, é assombrosamente inteligente; se eu tivesse mais tempo gostaria de voltar a essa genial ópera sobre ópera, que abre com um quarteto de cordas. Quem for mais de ópera que me corrija de novo, mas acho que não está no repertório feijão com arroz. Sobre as canções, belíssimas, ninguém discordará do PJ. Um ponto a mais a favor do Strauss: ele deu uma força muito necessária ao Elgar, tendo (superstar que era) puxado aplausos na estréia do grande oratório do amigo, em cima de versos de Newman, “The Dream of Gerontius”.