Como todo vocábulo desgastado, “individualismo” pode significar muitas coisas; e até o oposto do que, no passado (a palavra é um bocado moderna), significava. Não vou consultar enciclopédias. Se por individualismo entendemos uma espécie de endeusamento do ego transformado em doutrina sócio-política e o que mais nos autos consta, sim, o melhor é condena-lo; se é que isso produz algum efeito.
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O individualismo, hoje, é apenas uma nova forma de rebanho. Creio que o velho Nietzsche não esperava por isso. E Jorge Luís Borges, príncipe maior das letras argentinas, embora defensor do individualismo de Herbert Spencer, dizia que o máximo de indivíduo também poderia ser o máximo de criminoso. O mundo de hoje traz conformismo, endeusamento de futilidades, cristianismo sentimentalóide, políticos sem alma. Como foi mesmo que escreveu Eliot? “This is the way the world ends/ Not with a bang but a whimper”.