A essa altura, todo mundo já falou alguma coisa sobre Alexander Solzhenitsyn, morto no último domingo, aos 89 anos. Autor de Arquipélago Gulag e vencedor do Nobel de Literatura em 1970, Solzhenitsyn foi um dos grandes defensores da liberdade individual contra as ideologias totalitárias do nosso tempo.
Nesse texto, Nathaniel Peters indica um discurso proferido por ele em Harvard, propondo a recuperação das obrigações morais e da virtude pessoal como remédio contra um legalismo detestável: a idéia de que “possuímos liberdades para o Bem. Assim como os indivíduos têm direitos que os seus concidadãos precisam proteger, eles também têm obrigações para com aqueles mesmos cidadãos. Passamos tanto tempo enfatizando direitos, diz Solzhenitsyn, que negligenciamos o ensino de obrigações. A quem muito foi dado, muito será pedido”.
Rodrigo,
O Times Online cita (http://timesonline.typepad.com/comment/2008/08/the-most-brilli.html) um trecho irretocável de uma entrevista antiga do Solzhenitsyn:
“I am surprised that pragmatic philosophy consistently scorns moral considerations – and nowadays in the Western press we read a candid declaration of the principle that moral considerations have nothing to do with politics. They do not apply, and should not, so to speak, be applied. I would remind you that in 1939 England thought differently. If moral considerations were not applicable to politics, then it would have been quite incomprehensible why on earth England went to war with Hitler’s Germany.
Pragmatically, you could have got out of the situation. But England chose the moral course and experienced and demonstrated to the world perhaps the most brilliant and heroic period in its history. ”
Que tapa na cara do país da BBC!
Anexo um belo artigo publicado ontem no Estadão, de autoria do Gilles Lapouge, sobre Soljenitsin.
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Wagner